SER
FELIZ
Para viver bem não precisamos, necessariamente,
ser milionários, muito menos famosos ou ocuparm cargos importantes, o importante é aceitarmos as limitações
intransponíveis que nos foram impostas ou por nós
mesmos criadas e não permitir que nossos problemas nos
estressem ou prejudiquem a nossa saúde.
Ser feliz é abrir mão de velhos vícios,
do mau humor e da irracionalidade e adotar, como norma de
vida, o bom humor e o bom senso, além de prometer a nós
mesmos que um aborrecimento jamais estragará o nosso
dia e o de quem esteja próximo.
Os aborrecimentos devem ser reduzidos à sua insignificância
e nunca transformados em uma tempestade. Inúmeras pessoas
já morreram por causa de uma contrariedade. Será
que vale a pena abrir mão da vida por um motivo tão
irrelevante quanto passageiro?
Lembro-me do caso de uma garota que queria se matar porque estava
grávida de um rapaz que havia passado pela cidade e ela
sequer sabia seu endereço ou telefone. Naquela época
ser mãe solteira era motivo de vergonha para a pessoa
e para a família à qual ela pertencia, portanto
não era raro ouvir uma mulher naquela situação
fazendo este tipo de declaração. A moça
resolveu ouvir as considerações que os amigos
lhe fizeram e decidiu ter aquele filho.
Após algumas décadas nós a encontramos e ela declarou-se
muito feliz pois hoje seu filho é a alegria de sua vida.
Acrescentou, ainda, que não conseguiria sequer imaginar
como seria a sua vida sem este filho tão querido e maravilhoso.
Fiquei imaginando, sob a ótica do espiritismo, o que
teria acontecido se essa pessoa resolvesse acabar com a própria
vida. Além de perder a oportunidade de experimentar a
vida feliz que tem hoje, ao lado do marido que a ajudou a criar
esse filho como legítimo, teria que passar anos vagando
pelos vales sombrios destinados aos suicidas e quando, finalmente,
se recuperasse, passaria novamente pela mesma experiência,
pois não se pode fugir de uma prova que lhe foi destinada.
A vida é assim - não adianta tentar fugir.
Considerando-se que os obstáculos, problemas e aborrecimentos
devem ser superados, então a melhor coisa a fazer é
superá-los o mais depressa possível, esquecendo-os
logo em seguida.
Cada ser humano nasce com um número semelhante de deficiências
e possibilidades, não importando a condição
social ou racial de origem. Conheço casos de pessoas
que mudaram seu nível sócio-econômico, portanto
depende de cada um de nós determinarmos o nosso destino.
Assim sendo, a única receita para sermos felizes é
baseada no enfrentamento dos problemas que surgem, com tranqüilidade
e firmeza, sem permitir que o aborrecimento gerado pelo transtorno
nos desequilibre, elevando o pensamento à Deus e lembrando-nos
sempre, que não podemos adivinhar como será o
amanhã, a felicidade poderá bater à nossa
porta no dia seguinte, tenhamos paciência e fé
e lembremo-nos de que a esperança é a última
que morre!
Lupércio Mundim