DE FÉRIAS NO RIO
No ano de 2001 não pude rever o meu filho Ricardo devido à incompatibilidade nos períodos de férias, de forma que nossa saudade ficou represada por quase dois anos, um tempo que realmente custou a passar. Nas férias fiquei praticamente em casa, mas meu filho aproveitou para conhecer a Espanha e a Holanda e adorou.
Em primeiro de junho de 2002 marcamos um encontro no Aeroporto Internacional do Galeão, no Rio de Janeiro, merecidamente rebatizado de Aeroporto Internacional Tom Jobim. Seria o início de um novo período de férias em conjunto em um lugar maravilhoso e onde a saudade acabaria "morrendo na praia".
O encontro foi emocionante, embora atrasado em uma noite triste devido ao Ricardo ter sido desviado pela cia. aérea para Salvador (já ouviu falar em overbooking?). Fui informado que ele chegaria por volta das nove horas da manhã e não quis ficar no apartamento que alugamos, desci e fui aguardá-lo na porta, bastante emocionado...
De repente parou um táxi e ele estava a dois metros de mim, sorrindo. Enquanto o motorista retirava a bagagem do porta-malas, nós corríamos, nos abraçávamos e gritávamos no meio da Rua Bolívar, em Copacabana, na mais completa felicidade. Depois de guardar suas malas fomos dar um passeio, para acalmar.
O apartamento fica a um quarteirão da praia e isso facilitou nossas caminhadas, sempre acompanhadas de alguns chopinhos, para afastar o calor. Mal alcançamos a praia e já nos sentimos os homens mais felizes na face da terra, é sempre assim quando estamos juntos, mesmo passeando a alguns quarteirões de casa.
O tempo que passamos no Rio foi dividido entre a praia, os longos e saudáveis passeios a pé, as visitas a shoppings e atrações turísticas e algumas excursões, como o dia que passamos em um veleiro, passeando entre Angra dos Reis e a Ilha Grande, conhecendo lugares incríveis como a Vila do Abraão, na Ilha Grande, onde almoçamos na Pousada Mar da Tranqüilidade, que recomendamos enfaticamente.
Velejar um dia inteiro por lugares maravilhosos, com direito a lanches e bebidas foi extremamente agradável, os turistas a bordo eram muito simpáticos e a tripulação (quatro homens) muito amável. Além disto fizemos amizade com o guia turístico e o técnico de filmagem, que eram pessoas educadas e descontraídas.
No dia seguinte acordamos ao som de fogos de artifício, era a Copa do Mundo no Japão e o Brasil jogava contra a Turquia (primeiro jogo) naquela manhã linda. Corremos para nos arrumar e chegar ao famoso bar Cabral 1500 a tempo de ocupar uma boa mesa e tomar um café da manhã regado a telão, muita torcida e alegria.
Findo nosso período (de pura felicidade) no Rio, retornamos a nossa residência em Goiânia, onde o Ricardo não pisava há quase dois anos e meio. Fizemos uma escala rápida e totalmente desnecessária em São Paulo e à noite estávamos em casa. Minha mãe, apesar de seus oitenta anos de idade, fez questão de ir nos esperar, o que nos deixou extremamente felizes.
Depois de trinta e sete lindos dias no Brasil, meu filho retornou a Portugal, feliz com as férias e preparado para mais um ano ou dois de separação da família. Eu voltei ao trabalho e ao computador, feliz pela oportunidade que tive de conviver com meu filho e pronto para relatar as aventuras e alegrias que juntos desfrutamos nestas férias que jamais esqueceremos.
Por enquanto o livro acaba aqui, mas enquanto eu estiver vivo posso continuá-lo a qualquer momento.
Lupércio Mundim
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