SALA DO POETA DEMÓSTENES CRISTINO

FINADOS

Há lamentos de sinos tristes no ar...
Brônzeas ondulações místicas de sons,
penetrando fundo o coração dos vivos,
vão os mortos acordar.

Mortos queridos
que emergem, redivivos,
do mistério das covas,
do silêncio dos salgueiros,
da gelidez dos mármores,
da eterna soledade
dos jazigos,
pela antena doce da saudade
de parentes e amigos.

Velhinhas de cabelos de algodão,
com a promissória da vida
quase vencida,
rumam ao Campo Santo,
de rosário na mão.

Morte, és o ponto final
do livro da existência,
ou apenas uma reticência?...



Autor: Demóstenes Cristino
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